Olho através da vidraça,
vejo um vaga-lume
A lua tímida esconde-se límpida atrás do cume
No meu coração queima lentamente uma tocha
de incerteza, medo,
e o coração fica uma rocha
A noite caiu sóbria e a madrugada me invade
com todos os mistérios, chega a voz, tom real
Quem sabe, buscando a chave do amor virtual
Tateando em mim encontrastes a eternidade...( ? )
Ouvi todos os seus segredos, os amores perdidos
dos sonhados amores, desejados e bandidos
Os segredos guardarei, mas seu amor não serei
Não fosse o atraso do tempo, te perderei?!
Algum dia nesse seu amor viverei?
Sem promessas, sabias que eu tinha um amor
Que chorar não aliviaria, não poderias roubar-me
Podes apenas sentir-me, amar e até guardar-me
No coração, n'alma, na vida, sou sua e sem dor
Sou apenas um mero capricho de sua vida
Nua ou não, sou a mulher virtual sonhada
Com mãos macias os sonhos serão tocados
Como cada melodia que ecoa dos teclados
O sentimento brotou sem toque, cheiro
Algo foi desviado antes de conhecê-lo
Não há caminho comum para nós, agora
É uma trilha que a vida mostra, por ora
Viver um amor sem ter-me, sem tê-lo (?)
Sou só habitante do seu sonho, imortal
Vale a pena sorrir e faz-me feliz saber
Que desperto seus íntimos desejos...
Fosse ontem não pensaria, iria correr
Onde ninguém foi ainda, posso ir em ti
Como parceiros de segredos, não parti
Um bem querer eterno vai permanecer
A mera fantasia sempre vai enternecer
Transite como a nota musical que se perde
N'alma d'um sonhador até o último suspiro
D'um amor vivido em si e para si, respiro
Serei sempre virtual, nesse seu amor virtual
Ou espere-me num encontro acidental (?)
Nesses dias que a vida está bem
Com sorte serei real e nunca mais virtual Marillena Salete Ribeiro
2002 Este texto encontra-se protegidos pela Lei Brasileira nº 9.610, de 1998, por leis e tratados internacionais.
terça-feira, 21 de abril de 2009
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