terça-feira, 21 de abril de 2009

DUETOS - POETANDO

REFLEXO
Wilson de Oliveira Carvalho
De agora em diante, não darei
importância para as coisas
que acontecem no dia-a-dia, não quero
nem saber como elas se apresentam.
Não chorarei com os que choram,
nem lamentarei por aqueles que
despencam em direção ao abismo.
Nunca mais vou deixar o meu corpo
nu, para que o meu próximonão sinta frio.
Não vou querer saber se o orvalho molhou as plantas,
se elas quiserem, serão as únicas
responsáveis diretas por seus rebentos.
Não esperarei por nenhuma estação
do ano, em especial a primavera,
que era a mais festejada em todas as épocas.
Sem exceção, todas as coisas em meu
derredor não mais terão cores especiais,
as esperanças não mais se renovarão,
chega, estou cansado de esperar em vão...

REFLEXO
Diga-me: Onde habitará teu coração?
Sem espera alguma, sem emoção
Recoste a cabeça no ombro da esperança
Sem cansar e nem temer tua andança

Importe-se sim, por tudo que te rodeia
Em tudo há renovação, ou reflexo
E espreite calmo e manso a lua cheia
Lamente somente a tua tristeza
Retire com as mãos tua incerteza

Esse abismo é tão somente teu?
Permita os teus olhos orvalhar
Numa lágrima triste e ate sentida...
de saborear a vida não desista

Nem mesmo nessa dor se afundar
Espere ansioso por todas as estações
Inverno, verão, outono e primavera
Não alimente, nem apimente tua fera

E viva alegre com todas tuas emoções
Abuse das cores, vermelho, verde...
As esperanças todas se renovarão
E tua vida não será vivida em vão
Marillena Salete Ribeiro
Videira - SC
em: 19/1/2008
Este texto encontra-se protegido pela Lei Brasileira nº. 9.610,de 1998, por leis e tratados internacionais. Direitos autorais Ao repassar, por favor, mantenha os devidos créditos

DUETOS - POETANDO

RUMORES
Luciano

30/06/2002
Barreiro - Portugal
Quando à noite escutares
Por entre as frestas da serra
O rumor do vento uivando
Fica atenta e ouvirás
No sopro do vento o teu nome
A minha voz murmurar.
E se na noite escura
O trovão ribombar
Não temas amor
É apenas, de alegria, manifestação
Do meu coração a cantar.
Se a chuva cair de mansinho
E entre as copas das árvores remorejar
Escuta com atenção
Diz uma palavra de carinho
Porque o rumor que estás ouvindo
É de um rio de lágrimas
De saudade
Que dos meus olhos estão saindo.
E quando nas noites de luar
Sorridente no firmamento
A lua se passear
Pousa nela amor
Os teus olhos sonhadores
No outro lado tu verás
O meu coração
Querendo para ti voar
RUMORES
Marillena Salete Ribeiro
Videira/SC01/07/2002
Quando a noite estiver silente
Creia-me, não estarei contente!
Sem tê-lo aqui, não há inspiração
Há somente um coração em devoção
Os passos de minh'alma são controlados
Por tristes sonhos distantes e desolados
Desejo o toque, fico suspirando e
Perco-me em devaneios sem respirar
Sou sombra perdida no meio caminho
Sem tê-lo aqui, não há carinho
Ouço calada uma canção sem fim
Que fala de saudade e dói sim
Ferindo e machucando o coração
São rumores, apenas uma canção!
Sem saber ao certo onde devo ir
Pinto um arco-íris para sorrir
A cruel solidão tudo vai ceifando
Sozinha, perdida continuo andando
A distância nao acalma medos
Nem seca lágrima sem dedos
Há somente palavras de amor
Que já não curam mais a dor
Não há sabor no beijo desejado
O sexo solitário está cansado
O vigor não se renova
Pondo a vida à toda prova
Rumores uivam bravos no ar
Gritando, lamentando, implorando
para nao te esquecer e me diz
que ainda devo te esperar!
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DUETOS - POETANDO

NÃO SEI BEM PORQUÊ
Wilson de Oliveira Carvalho

Estou com raiva de mim, vejam só,
não posso nem passar diante dos
espelhos sem parar, pois,em todos,
tenho encontrado uma indagação:
"Por que voltou?"
Não sei porquê, mas voltei,
mesmo que isso represente
enxugar minhas lágrimas
novamente;
Viver sozinho nos sonhos,
sempre procurando a paz;
Não saber e nem conhecer
o sabor de um beijo espontâneo;
Não ter noção das coisas boas
que acontecem nas madrugadas;
Colher uma flor, a mais
perfumada, e dela não sentir
seu aroma;
Ganhar um afetuoso abraço,
terno representante do amor
sem qualquer cobrança;
Não ter o brilhantismo da lua,
que se recusa sair detrás
das nuvens.
Voltei, mas não
sei bem o porquê!
Voltastes (?)
Marillena Ribeiro
Se não sabes porque voltastes
eu, bem sei, isso se chama amor
Amor que ainda sente dor
Voltastes para resgatar o que restou?
Buscando numa amanhã qualquer
um beijo que jamais virá?
E nas madrugadas, sonolentas e ilusórias
as coisas acontecem só nos sonhos
que ao despertar se desmancham
feito fumaça no ar...
Mas fica o dever de conduzir
com nossas próprias mãos
as nossas próprias vidas
o nosso próprio destino
Voltastes e bem sabes porque
O amor não admite dizer adeus
Quer ainda se certificar que está vivo
Com sorte, reacender
ainda quer ser notado
jamais esquecido...
E que manter viva as memórias
Procura respostas não respondidas
e olhares desviados e desconfiados
Ate mesmo na canção chorosa
na voz rouca de um cantor qualquer
busca uma esperança para esse amor
Ah! Um abraço sem cobrança, saudoso
não existe mais, existe o medo...
Porque o amor está tão frágil
vivendo dentro de um pingo de chuva
que a qualquer momento o
coração entrará em luto
porque o amor falecerá
Então, se ate mesmo a lua se esconde
As coisas nao acontecem mais nas madrugadas
As flores estão despetaladas
So resta um caminho...
Dar uma nova chance ao destino
e uma ordem ao coração:
Por favor, ame outra pessoa!
Este texto encontra-se protegido pela Lei Brasileira nº. 9.610,de 1998, por leis e tratados internacionais. Direitos autorais Ao repassar, por favor, mantenha os devidos créditos

VIRTUAL

Olho através da vidraça,
vejo um vaga-lume
A lua tímida esconde-se límpida atrás do cume
No meu coração queima lentamente uma tocha
de incerteza, medo,
e o coração fica uma rocha
A noite caiu sóbria e a madrugada me invade
com todos os mistérios, chega a voz, tom real
Quem sabe, buscando a chave do amor virtual
Tateando em mim encontrastes a eternidade...( ? )
Ouvi todos os seus segredos, os amores perdidos
dos sonhados amores, desejados e bandidos
Os segredos guardarei, mas seu amor não serei
Não fosse o atraso do tempo, te perderei?!
Algum dia nesse seu amor viverei?
Sem promessas, sabias que eu tinha um amor
Que chorar não aliviaria, não poderias roubar-me
Podes apenas sentir-me, amar e até guardar-me
No coração, n'alma, na vida, sou sua e sem dor
Sou apenas um mero capricho de sua vida
Nua ou não, sou a mulher virtual sonhada
Com mãos macias os sonhos serão tocados
Como cada melodia que ecoa dos teclados
O sentimento brotou sem toque, cheiro
Algo foi desviado antes de conhecê-lo
Não há caminho comum para nós, agora
É uma trilha que a vida mostra, por ora
Viver um amor sem ter-me, sem tê-lo (?)
Sou só habitante do seu sonho, imortal
Vale a pena sorrir e faz-me feliz saber
Que desperto seus íntimos desejos...
Fosse ontem não pensaria, iria correr
Onde ninguém foi ainda, posso ir em ti
Como parceiros de segredos, não parti
Um bem querer eterno vai permanecer
A mera fantasia sempre vai enternecer
Transite como a nota musical que se perde
N'alma d'um sonhador até o último suspiro
D'um amor vivido em si e para si, respiro
Serei sempre virtual, nesse seu amor virtual
Ou espere-me num encontro acidental (?)
Nesses dias que a vida está bem
Com sorte serei real e nunca mais virtual
Marillena Salete Ribeiro
2002
Este texto encontra-se protegidos pela Lei Brasileira nº 9.610, de 1998, por leis e tratados internacionais.

UM POEMA, UM SORRISO

Um poema é um sorriso
Um sorriso é um poema
Amar assim é viver no paraíso
E nas mãos, perfume de violeta
Estar contigo é estar comigo
É um brinde á vida
Mesmo distantes, a paz acalma
Tudo é suave quando se ama
A flor recebida, veio para o coração
É motivo de alegria e muita emoção
Carinho, ternura e amizade
Aliviando dores e minha solidão
Não estou mais só na multidão
Agora, tenho um coração
No meu espaço estou levitando
Saudosa, até a infância revivendo
Juntos, moramos no sótão da saudade
O olhar ficou perdido no imaginário,
Eis que surge até a velha boneca que
Perdida estava num canto da memória
Saber que ontem viveu-se
O hoje é somente esperança
Buscar a criança que habita noss'alma
E tem que permanecer viva
Nem que seja, nas meras lembranças
Aceito sim, o teu coração, amigo
E nele fazer minha morada
Ofereço-te o meu agora
Com ternura, carinho e amizade
Pois, não há desgaste num coração
Que se permita ser amado
A porta sempre entreaberta ficará
Meu coração não tem chaves
Basta chegar, dizer um olá
Entrar e se aconchegar
Sê bem vindo, neste chegar
Podes ficar o tempo que quiser
Amigos, nem a eternidade afastará
Para sempre, amigos seremos e
Fique nesta minha paz o tempo que quiser
Marillena Salete Ribeiro
22/10/200119horasVideira/SC
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Um andar cansado

Ando cansada de minha vida lapidar
E não vejo nada mais brilhar, clarear
Ando tirando lascas de dor e fel
Sem saber da vida, o sabor do mel
Ando cansada de abdicar meus sonhos
Abduzindo sorrisos entre lágrimas
Sigo com minh'alma, ainda sozinha
Falando da dor, nos versos que componho
O cansaço anda estuprando minh'alma
E sigo sofrendo, triste e sem calma
Nem mais sei o que estou a procurar
Uma infinita busca nesse meu caminhar
Sei apenas que, ando com saudade de mim
Ando amargando uma dor sem fim
Saudade do tempo que estava só comigo
Não havia dor e nem lamento amargo
Minh'alma anda triste, confusa e abatida
Arrasto passos pelas vielas da vida
Sem saber o que virá pela manhã
Jurei que não mais iria entristecer
Nem mais me deixaria abater
Mas, a vida não dá trégua, quer bater
E seguirei triste até desaparecer
Estou novamente diante do entristecer
Receio perder a serenidade e endoidecer
Uma sensação que os meus sentimentos
Estão novamente a despencar e empobrecer
Onde poderei minh'alma albergar?
E essa dor toda, onde esvaziar?
Que houve com meu coração agitador?
Tornou-se novamente um amador?
Marillena Salete Ribeiro
Este texto encontra-se protegido pela Lei Brasileira nº. 9.610,de 1998, por leis e tratados internacionais. Direitos autorais Ao repassar, por favor, mantenha os devidos créditos

Um amor quando se despede

Um amor quando se despede
Lentamente se vaivai sozinho
vai chorando,
lotado de interrogações
querendo ficar,querendo lutar!
Um amor quando se despede
cansou de esperar,
de ficar observando a rua,
pela janela da esperança,
gotas de lágrimas ficam na vidraça
a vida está embaçada
fica-se vivendo de saudades
Um amor quando se despede
arrastando-se vai exausto de aguardar,
que chegasse, que estivesse
que o tempo não parasse
sabendo que os dias deveriam ser regados com afeto,
com carinhocom dedicação, com tempo!
Quando um amor se despede
foi esgotada a paciênciada espera,
do justificar atitudes
de tudo mais ter importância, menos o amor
O mundo tem mais importância
O amor é estação!
Quando um amor se despede
vai sumindo mansamente,
sabor amargo da desilusão,
gosto de fel n'alma,
cheiro de poeira na estrada,
estrelas somente no céu da boca
Vai sumindo, fumaça ao vento,
rasgado fronteiras se vai
Sozinho parte calmo, porém,
desolado, amargurado, sem rumo e lento!
Quando um amor se despede
cansou de ouvir mentiras,
ser enganado,
não mais aguarda
nem sonha mais
milagres não crê
Quando um amor despede
o amado já não marca ponto
não faz mais gol,
nem estando na marca do pênalti
Sexo nem como lição de casa
ausência quase que total,
não fosse a presença fisica
diária e vazia
Repentinamente, um dia o amado,
sozinho cansado das aventuras,
da esbórnia
lembra-se que tinha um amor
Disfarçado vai retornando
contando novidades
fingindo saudades
Sabe que o amor que deixara ali,
no mesmo lugar ainda estaria esperando de corpo presente
e o amor, tímido, sorri triste
sabe que sepultado será
nas fábulas não acredita
nem mais em mentiras
Quando o amor se despede
os olhos ficam marejados, a voz engasgada
é tristeas mãos trêmulas e frias
as pernas não se sustentam
o olhar infeliz perde-se no vazio
Ferida, coração sangrando
a alma adoecida
a tudo, agora é nosso nada
Quando um amor se despede
leva as acusações do amado
que não soube esperar
que não teve paciência
que exigia demais
que não amou suficiente
que não era amor!
Quando um amor se despede
leva consigo todos os sonhos
esperança d'um novo amor
que dê o mínimo que um amor
precisa para vivo se manter, sobreviver!
Quando um amor se despede
faz um curativo de amador
coloca gaze e esparadrapo n'alma
para não seguir sangrando
estanca tudoafirma a si mesmo,
- Até breve não existe!
Logo mais nos veremos, acabou!
Quando um amor se despede
o que eterniza é tão somente...
ADEUS!
Até nunca mais!
Cansou de esperar na janela da vida
e segue, com medo, mas confiante
E para o amado:
- Até nunca mais!
Marillena Salete Ribeiro
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SONHEI

Da noite para o dia tudo mudou
fiquei parada no vácuo do tempo
e meu mundo em lamentos afundou
Sonhei, sonhei e sozinha sonhei
Perdi o comando da vida
e sozinha lamentei, chorei
Vi meu céu sumir e o inferno chegar
Não prendi meus sonhos nas mão
se foi chutado com os dois pés
Sonhei que iríamos envelhecer juntos
e lá na frente iríamos relembrar
um tempo passado, uma vida vivida
Que faço eu com meus sonhos?
Se o futuro não existe...
e a tristeza persiste
Sonhei um sonho sem sementes
e sem um lugar para semear
Para onde fostes não posso ir
não posso te seguir...so rezar
e sozinha, sem sonhos andarei
Sonhei sozinha, sonhei!
Sonhei com flores lindas
sob a mesa no vaso...
mas elas têm outro destino
Sonhei com jantar a luz de vela
e as velas queimam em outro lugar
Eu sonhei, sozinha sonhei
e sozinha aqui fiquei
Marillena Salete Ribeiro
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SOMOS O AMOR

Não há consolo tarde da noite
quando sozinha penso em nós
Querendo saber se está bem
adormecido feliz, sonhando
dói mais forte, sangra quando
sentimos saudade no escuro
Esta mesma saudade que fere
rende minhas defesas, fico indefesa
Vencida pelo cansaço e sono
adormeço lembrado as palavras
de amor, que consolam meu ser,
mantendo-me inteira e suave
Adormecerei com a imagem sorrindo
de olhar tímido e encantador
A minha razão de viver está aí
entre a distância e a saudade
o que prevalece é o amor
Sem sentenças cruéis, sem dor
A mim, a ti, a nós,
somos o amor
Marillena S. Ribeiro
Videira-Santa Catarina2003/fev.
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SOFRO

Sofro quando sinto saudades
Sofro quando não te sinto
Sofro quando pressinto
Sofro quando barganhas
Sofro quando não te assanhas
Sofro quando desconfias
Sofro quando o tempo cochila
Sofro quando sou ferida
Sofro quando falo e não respondes
Sofro quando não me entende
Sofro sofro, sofro
Sofro, pelo simples fato de te amar e
não ter nada em troca
nem amor e nem respeito
Sofro?
Não!
Não sofro mais!
Chega, basta...
De sua vida estou indo embora
Basta dessa lamentação e
pra PQP você com seu desamor
e pra PQP todo esse sofrimento
Marillena Salete Ribeiro
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SER ESPECIAL

Quando o sol brilha, mesmo que escondido
Quando a vida tem tonalidade e um colorido
Quando o coração de tudo está desprovido
Nos dias mais escuros, o brilho é recolhido
Teu ombro é meu aconchego, é valioso
Teu carinho renova meu vigor, poderoso
Acalma os medos, a vida fica cintilante
És especial, és parte de mim e da vida
Agora, tudo enfrento , estou destemida
Para aquecer meu ser, ganhei teu calor
És um presente todo especial do amor
Carrego nas asas do amor a paz silenciosa
e a magia da vida, num novo amor viver
deste amor, agora, só flores quero colher
Marillena S. Ribeiro
Videira-Santa Catarina2003/fev
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SE EU PUDESSE REVER TUDO

Se eu pudesse rever tudo
resgataria a juventude perdida
faria tudo diferente!
Se eu pudesse rever tudo,
jamais perderia a coragem,
a cabeça e a serenidade
Amigos não perderia,
amores saborearia
e a vida curtiria mais
Se eu pudesse rever tudo
Não permitiria-me enfraquecer
minha paz ninguém roubaria
aceitar derrotas, recusaria
Não lamentaria, nem pranto teria
Minha juventude não ceifaria
Na tristeza não viveria, nem amargaria
A pureza e a inocência não esmagaria
Se eu pudesse rever tudo
Mesmo que, num último suspiro
não cometeria tantos erros
Andaria com pés nus no chão
teria percebido quão belo é o sentir,
o viver, o amar, ser feliz
entenderia tudo com mais suavidade
Seu pudesse rever tudo
Os que me amam , não afastaria-me
Asneira não falaria,
ninguém ofenderiatantos,
não magoaria...
Se eu pudesse rever tudo
Meu sapato jogaria, meu cabelo soltaria
minha mão estenderia,
meus sentidos sentiria
meu coração abriria,
seria mais paciente
viveria um pouco mais contente
Se eu pudesse rever tudo
todos os dias ensolarados amaria
os dias nublados respeitaria
nas noites de luar sonharia!
Se eu pudesse rever tudo
não, não quero rever nada
o paraíso é o instante presente
os anos dourados são futuros
a lágrima o vento aspira...
a vida é dádiva, é sonho e futuro
desnudando a vida e a alma
Tudo tem calma e urgência
O ontem não existe, o hoje é estar, ser
o amanhã ainda nem nasceu
Que prazer tem a vida viver de passado?!
Marillena Salete Ribeiro
2002
Este texto encontra-se protegido pela Lei Brasileira nº. 9.610,de 1998, por leis e tratados internacionais. Direitos autorais Ao repassar, por favor, mantenha os devidos créditos

SE EU FOSSE

Se eu fosse poeta, num verso solto
diria o que quero da vida, quem sabe,
viver livre, leve e sempre solta
Habitaria onde a paz habitasse
com a felicidade me casaria
e em versos suaves, poesias comporia
sem passado,
sem futuro,
só presente
onde o amor fosse única composição
Mergulharia na nota d'uma música
faria uma singela e terna canção
Boiaria n'água de sua boca e nadaria
até o coração, provocando um furacão
Mas, sou eu um verso solto e perdido
Um pássaro de asa ferida, quebrada
numa vida partida de erros cometidos
Não haverá amanhã?
Talvez, agora ou nem depois
O amor eterno amor, fosse possível
em versos inspirados comporia claro,
se eu, fosse poeta!
Marillena Salete Ribeiro
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SE...

Se teus olhos ao me ver
não puderem se conter
e o coração precisar tutela
não esqueças jamais
preciso de ternura e amor
Se és outono, sou tua primavera?
Se sou fadiga, és meu repouso?
Serias mais um desses falsos amores?
ou àquele que meu coração se entregaria?
Despido de tudo eu te amaria?
Se fosses o jardineiro do meu coração
estaria florido e não estaria perdida
Tiraria estrelas até do céu da boca
Se fosses ladrão?
Ès ladrãoe já fez a ocasião, roubando-me
a paz, os pensamentos e suspiros
Neste momento suspensa no ar
sou tão você, que nem sei de mim
Sou da vida uma aprendiz...
Nem sei por onde enredar
Se quero me comprometer?...
ou me guardar?
Por favor, não feche a cortina ainda
estamos no primeiro ato, está só começando
Espere só mais um pouco para me decidir
Pois, nem foi escrito ainda o final do ato
Marillena Salete Ribeiro

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SAUDADE

Saudade é uma dor sussurrada
Numa dor ardida n'alma parada
Meu amor se foi, ficou saudade
Onde fores eu vou, no pensamento
Este é o meu único juramento
Viverei nesta dor, na saudade
Numa palavra, por ora, soletrada
Saudade que faz minh'alma desfalecer
Estou sem anoitecer e sem amanhecer
Pousei num lugar qualquer, acabada
Quem sabe é o fim da minha estrada
Meu ser é um farrapo, trapo
Haverá para este amor absolvição?!
Para minh'alma a salvação?
Este amor ainda não passou
Quisera vê-lo só mais uma vez
E todo meu ser nesta dor atrofiou
Sair do passado, recomeçar, sem solidão
Seria justo, sem dor e sem lamentação
Saudade é a dor do amor falecido
Sendo velado de corpo presente
Sentir o sofrer, ver o sentimento ruir
E não poder mais os sonhos esculpir
Estou sentindo tanta saudade
Não posso ficar e nem correr
Estou dentro desta enfermidade
Deste mundo quero desaparecer
Preciso agora parar e descer
Onde estiverem seus passos quero ir
Preciso ainda te seguir
Quisera um dia morra a saudade
E para mim retornes, se não você
Quem sabe a serenidade
Podes ir meu amor!
Até a saudade não passar
Fico eu, sem mais o seu amor!
Fico somente com a minha dor
Marillena Salete Ribeiro
Guarulhos - São Paulo10/6/2000
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REDESCOBRINDO O AMOR

Quando tudo parecia desacreditado
Redescubro o amor em meio a dor
Tudo adormecido, desacordado
Floresceu suave no peito feito flor
Redescubro o amor com mais tempero
Não é um amor abrasador, nem invasor
Entre tantos desencontros e desespero
É um amor maduro, sereno e fortificador
Afastamos com as mãos as diferenças
Vivido amores perdido, ambos sofremos
Redescubro o amor, não há ameaças
Agora, neste reencontro nos amamos
Agora, permito-me ser amada
Autorizo-me o amor redescobrir
Somos dois num só coração
Para onde fores, quero ir
Nosso amor é poesia, canção
Marillena Salete RibeiroVideira
dez/2005
Este texto encontra-se protegido pela Lei Brasileira nº. 9.610,de 1998, por leis e tratados internacionais. Direitos autorais Ao repassar, por favor, mantenha os devidos créditos

RABISCANDO VERSOS

Chega de sombras
Chega de restos e sobras
Nas manhãs renascerei
Ao por do sol sonharei e
sem sentir falta da saudade
cínica, que rindo de mim
faz pouco caso, brinca
A saudade esquecerei...
O relógio e o tempo pararei
ou faz-los apenas arrastar-se
Eu, ficarei assim, desejosa,
libidinosa, lasciva, cheirosa e
como quem está no cio, te espero
Preguiçosa, leve, livre e solta
nesta sensação de paz ficarei
compondo histórias de amor,
o meu amor...o seu amor
Na brisa poetando flutuarei
Versos leves rabiscarei e
ao léu cantarolando ficarei
Assim andarei, seguirei
Pisando sobre um fio,
no calor ou no frio
sei que n'algum lugar alegre
minha vida estacionarei...
e o poema final de amor
em seus braços comporei
Enquanto isso...
Rabiscando versos ficarei

Marillena Salete Ribeiro
Este texto encontra-se protegidos pela Lei Brasileira nº 9.610, de 1998, por leis e tratados internacionais.

QUEM É VOCE

Quem é você?
Que faz-me crer em milagres
Quem é você?
Que em meus sonhos passeia
Quem é você?
Que embriaga minh'alma
Quem é você?
Que priva meu ser de continuar
Quem é você?Mero sonho, ou delírio
Quem é você?
Desafio da busca, continuidade
Quem é você?
Que retém meu futuro nas mãos
Quem é você?
Que torna trêmulos meus passos
Quem é você?
Que não encontro facilmente
Quem é você?
Num retrato inacabado e sem face
Quem é você?
Que não corre para meus braços
Quem é você?
Que não vem para o real
Quem é você?
Que não sai do virtual
Marillena Salete Ribeiro
2002
Este texto encontra-se protegido pela Lei Brasileira nº. 9.610,de 1998, por leis e tratados internacionais. Direitos autorais Ao repassar, por favor, mantenha os devidos créditos

QUANDO ESTOU AUSENTE

Quando estou ausente
ando por aí, como o córrego
buscando uma correnteza
fugindo dos medos e ais
Não fiques carente, ando por aí
Buscando da vida a leveza
Tentando encontrar pureza
ou alguma mágica que mude a vida
que permita-me estar mais presente
Sou assim, quando triste, fujo
Até curar meu ser fico ausente
Quando retorno volto contente
Sei que fico ausente
e ficas tão carente
Estar ausente é estar presente
Ficas cronometrando o tempo
em todas as suas passagens
Estou presente no seu presente
Mas, ando por aí, sem rumo
Fundindo a ventania com a brisa
e vez em quando com tempestade
Quando fujo pelas frestas da fuga
é tão somente para vir te ver
te sentir e somente te ter
Há de renascer seu sorriso
ao me ver em seu computador
Estou aqui para te escrever
e assassinar sua saudade, mas
quando fujo, não esqueças
ando sozinha por aí, sem rumo
Eu não desapareço, não desapareças
Marillena Salete Ribeiro
Este texto encontra-se protegido pela Lei Brasileira nº. 9.610,de 1998, por leis e tratados internacionais. Direitos autorais Ao repassar, por favor, mantenha os devidos créditos

QUANDO

Quando a internet é um vício
perde-se a realidade
passa-se viver na virtualidade,
o real não mais existe
o virtual é o real
Um mundo mágico e encantado
vibra célere o coração
paixões nascem virtuais
amores construidos em sonhos
Amor virtual é uma fantasia
Viver uma fantasia e destruir a relação real
perder um amor real e verdadeiro..
trocado por ilusão, como?
Nascem os amores virtuais
palavras jogadas numa tela
tornam-se contos de fadas
No chat as mesmas perguntas
- onde teclas, como você é?
Que mundo estranho é esse?
Onde perdi o meu amor real
e fui trocada por um virtual
Deixei de ser amada
não mais beijada
sexo não mais existe
não tem mais o sabor de amor
Porque a masturbação é virtual
Ao ler seu histórico( Acidentalmente )
Mil vezes eu morri
Eu, vi o orgasmo virtual
Te perdi nesse ritual
e o sexo com outra, era virtual
Procuro uma explicação
entre o sexo real e virtual
do amor em cavalgadas
do cheiro e orgasmos
Fui trocada pelo virtual
a masturbação era real
e fiquei sem uma razão
sem nenhuma explicação
Hoje, lamentas a ilusão
Creio, sentes saudade
do meu jeito de te amar
do meu amor e lealdade
do companheirismo e fidelidade
Saudade?
Deitada na cama
camisola sobe nas costa num ar de provocação
não sou mais se amor
agora sou sua dor
Meu cheiro ficou aí
Na cama ficou meu lençol....
de sua vida saí felina
na madrugada vaguei
chorando na marginal
TietêTomei decisão de fé
no sul plantarei meu pé
vou viver um amor real
fique você com o virtual
Marillena Salete Ribeiro
2000
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PROCURO

Procuro um homem
Que seja de verdade
que fale a verdade
Que olhe nos olhos
que cante desafinado
Que diga-me que a arte não
está nas mãos de quem faz
mas na inspiração do amor
Não quero um homem comum
Procuro um grande amor
Mas que acima de tudo, esse homem
simplesmente deseje me amar!
Alguém se habilita me amar?

Marillena Salete Ribeiro

Guarulhos/SP1998

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PRIMEIRO AMOR

Primeiro amor é a descoberta
de novos desejos, novos sonhos
Célere e disparado fica o coração
pulsando num compasso sem ritmo
Após a paixão, eis o primeiro amor
depois da paixão flui suavemente
um amor recém-nascido...
O primeiro amor assanha-se
e conduz para um novo cheiro
um novo sabor, calor, suor
Primeiro amor é quando amamos
sem importar quantos foram
vividos antes e sem após
O primeiro amor é o do momento
e o antigo cai no esquecimento
sem qualquer dor e sofrimento
O coração abre uma grande clareira
vivendo um amor novo, intenso,único
eternizado enquanto durar o sabor
de viver intensamente um amor
Meu primeiro amor é quem amo hoje,
cada sorriso, cada palavra, cada gesto
Então, de tudo, o primeiro amor
é o amor que se conjuga no presente.
Marillena Salete Ribeiro

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MENTIRA

Mentira, falta da verdade
Falta da sinceridade
Falta da lealdade
Mentira é enganar propositalmente
Lesar a alma do outro
Sabendo por antecedência o ato
Mentira é traição
Mentira é covardia
Mentira é tirania
Mentira é prostituição
Mentira nunca é coberta
A verdade vem á tona
Perde-se a confiança
O respeito vai para o lixo
A alma apodrece
O corpo é que padece
Mentira carrega na bagagem:
lágrimas, perdas, danos
solidão, angústia, abismo
desespero, saudades, dores
lamentos, fadiga e amargura
Mentira, não entendo!
Os sussurros de amor
Transformam-se em uivos desesperados
Àquele carinho do estar, some
Chega a desconfiança rasgando tudo
A felicidade não se eterniza no afeto
Mentira é o fel na boca, a dor
Estupidamente vem atropelando tudo
Eis então, a morte súbita do amor
O brilho no olhar desaparece
Brotam lágrimas e percorrem a face
Como correnteza entre rochedo
Do grande amor restará
Pouco ou quase nada
Ficando a angústia, a dor!
Então, assim, é mesmo assim que
A mentira põe o amor de luto!
Marillena Salete Ribeiro
2001

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INSONIA

A vida é mesmo assim
Tão surpreende e
nada vale uma insônia,
nem preocupações
Vale ver as flores que nascem nuas no campo
O arco-íris depois da tempestade
A lua cheia depois da minguante
O cântico suave de um sabiá
Se pudéssemos relaxar,
saber que tudo é possível,
enquanto vivos estamos
que tudo se resolve
O sono vem e sonhamos
Pesadelos não há, espaço não tem
Parecer fácil viver, mas não é
é perigoso viver...
Por isso mesmo que a vida é bela
É como um filme de amor na tela
sempre o final é feliz.
Sonho?!
Há esperança em cada entardecer
e renovação em cada amanhecer
Mais um dia de vitória virá
e eu e você vivos estamos
Escrevendo nosso história,
seja em verso, prosa, rabisco
cartas, ou em e-mails diversos ...
O importante é a palavra dita
seja sonora, pensada ou escrita
Saber amar é saber aceitar
Eu, do meu jeito te amo
Você de alguma forma me ama!
Então, para quê insônia?
Se amanhã o amor floresce
cresce e amadurece
Marillena Salete Ribeiro
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HOJE QUERO DANÇAR

Hoje quero dançar
Os sapatos tirar
descalça rodopiar e
em seus braços me entregar
Hoje quero dançar!
Minha face na sua colar
Sentir sua barba rubrando
um lado de minha face
e meu corpo ir acendendo
Hoje quero dançar
Respirar junto á sua orelha
Sentir seu corpo excitar
Na mais sublime mutação
Ofegante ficarás...excitação
Hoje quero dançar
Sentir as mãos em meus cabelos
e as minhas tocando-te inteiro
Minha boca dentro da sua
Num beijo de língua, saliva e desejo
Hoje quero dançar!
O ambiente preparei e no encanto de tudo
No momento só sedução...
conduza-me e leve-me ao chão,
deitando-me, beijando-me
tirando-me a roupa
serenando-me o fogo
Dançando e fazendo amor
Hoje quero dançar! e quero-te aqui
Vamos dançar?!
Dar um basta no tesão
Um fim na saudade e
alimentar essa paixão
Vamos!?
Vem, espero-te aqui!
Vamos dançar?!

Marillena Salete Ribeiro
2/9/2001
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FAZ AMOR...

Faz amor comigo
Meu corpo está contigo
a boca que deseja e
os beijos que entorpecem
A ternura paira no ar
temores desaparecem
Faz amor comigo...
Nos corpos que se colam
a voz se cala em
gemidos sussurados
A entrega é total
quase fatal
Seu cheiro faz-me fêmea
Meu cheiro te consome
Nossos corpos enroscados
num amor cheio de fome
Desejo ou loucura?
Amor ou paixão?
Fazendo amor
num mesmo instante
a vida se refaz e
um grande amor se faz...

Marillena Salete Ribeiro

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FALANDO DE AMOR

Amor, palavra com quatro letras somente
De todos os sentimentos é a semente,
a brotação e a maturidade
Não há definição definida para o amor
e há quem explique a emoção contida
É fragmento de tudo, do nada também
e nada compromete sua grandeza
É um sentimento de pura leveza
com uma intensa luz própria,
é a linguagem é universal
sentinela da doçura, da paz
Não se ama pela força,
incompatível do ódio
Verbo conjugado em todos os tempos
Vitamina d'alma, nutriente para o corpo
O amor é a constatação da renovação
Nasce lento e amadurece acelerado
Vezes, um vulcão incandescente
movendo-nos lentamente
Nutrindo promessas e se entregando
O amor é a fé, é o amparo e paz
O amor é o próprio perdão e é sonho
O amor é o grito e o clamor do silêncio
O amor é esperança e é realidade
O amor é uma oração e é só coração
E o amor é o amor do próprio amor
Marillena Salete Ribeiro
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ESPERAR

Tradução para o Espanhol: Laura Gonzales ( Argentina )

No mural da minha vida
estão expostas inúmeras
passagense entre elas, tu!
que me faz sonhar
que me faz desejar

En el mural de mi vida
están expuestos innúmeros pasajesy
entre ellos, túque me haces soñar
que me haces desear

Cada partícula do meu pensamento
encaminha-se a um único endereço...
teu coração, então,
tento descobrir o caminho
mais curto para tê-lo!

(...) se encamina a una única dirección...
tu corazón, entonces,
intento descubrir el camino
mas corto para tenerlo!

Cada imagem fragmentada no pensamento
vai formando-se como que quebra-cabeça
Cada partícula de mi pensamiento
e o resultado somos nós, sonhos!
Desde sempre te esperei
Do meu coração és possuidor
A bandeira do amor foi hasteada
Somos fazedores deste sentimento
Existência solitária não existe
O tempo não se mede e
nem a profundidade

Se va formando como rompecabezas
y el resultado somos nosotros, sueños!
Desde siempre te esperé
Eres poseedor de mi corazón
La bandera del amor fue hizada
Somos hacedores de este sentimiento
Existencia solitaria no existe
El tiempo no se mide y ni la profundidad
Após a curva da estrada
uma reta sempre vem
Esperança, esperar, esperar

Despues de la curva del camino
una recta siempre viene
Esperanza, esperar, esperar
E, por ora tudo que se resume
é um amar silencioso

Sem tê-lo fico andando em círculo
Busco a âncora do amor
Se voando, teria uma pista de pouso
iria pousar na tua cama...
teu peito, teu corpo
e nele o amor repousar

Y, por ahora todo en lo que se resume
es un amar silecioso
Sin tenerte estoy andando en circulos
Busco el ancla del amor si volando,
tubiera una pista de aterrizajeiria
a aterrizar en tu cama...
tu pecho, tu cuerpoy en él el amor reposar!

Mas, agora a resposta de tudo
é o silêncio ensurdecedor
Vou entrar na carruagem dos sonhos
E continuar a esperar!

Pero, ahora la respuesta de todo
es el silencio ensordecedor
Voy a entrar en el carruaje de los sueños
Y continuaré esperando!
Marillena Salete Ribeiro
Traduzido por Laura uma amiga argentina

Videira/SC2001

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EROTICA - FAZENDO AMOR!

...a delicada camisola preta de renda
cobre parcialmente o corpo, sou prenda
Sinto eriçar meus pêlos, o toque é sutil
Lentamente entro no cio, estou febril!
A boca entreaberta quer a língua sedenta
No bico do seio o amor se sustenta
A flecha hirta procura as entranhas
Do prazer, o amor nada estranha
Seivas fervem minha intimidade
A entrega é carinho e sinceridade
O desejo lateja, a boca procura...
O beber do mel é de pura loucura
O beijo à boca retorna , saliva e desejo
No ir e vir, o amor vai cavalgando
Diante do gozo o mundo vai se calando
Saciada, no peito deposito meu beijo!
Marillena Salete Ribeiro
Este texto encontra-se protegido pela Lei Brasileira nº. 9.610,de 1998, por leis e tratados internacionais. Direitos autorais

ENVELHECER

Hoje, olhando meus netos, fundo suspirei
Pela primeira vez atentamente observei
àquelas mãozinhas com seus dedinhos
nos sorrisos doces, os pequenos dentinhos
os cabelos finos e ligeiramente clarinhos
Olhei atentamente os pés pequeninos
tudo neles é amor, ternura e afeto
Por alguns segundos me senti anciã
como se algo tivesse envelhecido em mim
lembranças antigas retornaram, minha avó
minha mãe se tornando vovó...
e agora eu, vovó
Porém, dentro de mim
grita uma juventude estranha
que sai abrindo cortinas
descortinando meu mundo
Nos anseios secretos que tenho, sonho
Este meu momento em prosa componho
a vida da mulher em mim e
uma jovem mulher habita dentro de mim
Os olhos tocam tudo com suavidadea vida segue,
nem sempre com suavidade
nada vai deteriorando,tudo renovando
e ainda há tamanha juventude em mim
Envelhecimento?!
Não sei ainda
Aprecio todo instante a vida...
e a cada ano que passa
folhas amareladas amasso
Andando lenta no meu compasso
ajustando-me ás mudanças
Metade de mim é mulher, vovó
mas, a minha outra metade
é tão somente coração
numa eterna menina!
Marillena Salete Ribeiro

Este texto encontra-se protegido pela Lei Brasileira nº. 9.610,de 1998, por leis e tratados internacionais. Direitos autorais Ao repassar, por favor, mantenha os devidos créditos

DOZE HORAS

Doze horas
De muito carinho...
Doze horas
De entrega total
Doze horas
Mágicas e sublimes
Doze horas
De corpos nus
Doze horas
Em lençóis macios
Doze horas
De puro prazer
Doze horas
De teu e meu gosto
Doze horas
De descobertas
Doze horas
De amor pleno
Doze horas
De palavras lindas
Doze horas
De nós dois
Doze horas
Amor total
Doze horas
De pecado
Doze horas
De ....Doze horas
Que te amei
e depois para sempre...
te perdi

Marillena Salete Ribeiro

Guarulhos_SP1998
Este texto encontra-se protegido pela Lei Brasileira nº. 9.610,de 1998, por leis e tratados internacionais. Direitos autorais Ao repassar, por favor, mantenha os devidos créditos

DEBRUÇADA NA JANELA

Debruçada na janela da vida
observo o mundo, desajeitada
componho poesia louca, vazia
em verso conto uma vida vadia

Sou frágil criatura, apenas mulher
sou a emoção que se faz canção
sou a cinza do passado, recordação
sou larva, borboleta em formação(?)

Vezes sou arco-íris, desbotado
macerando um sonho dourado
sou a profundeza do mar, medo
apenas grão de areia no mundo
Solta, livre e leve...
Misteriosa, incrédula, sonhadora
do amor sou mera portadora,
da vida sou eu a pecadora?

Santa, depravada, ou puritana
Sou menina-mulher de toda idade
Naturalmente sem complexidade
mantendo um amor sem possibilidade
Marillena Salete Ribeiro

Videira/SC2002Este texto encontra-se protegido pela Lei Brasileira nº. 9.610,de 1998, por leis e tratados internacionais. Direitos autorais Ao repassar, por favor, mantenha os devidos créditos

COSTUMAVA DIZER

Costumava dizer que:
Não me arrependo do que faço
mas sim, o que deixei de fazer
Porém...
Já me arrependi do que deixei de fazer
e chorei amargamente pelo que já fiz...
erros, muitos foram meus erros
Costumava dizer que:
Sou forte e determinada,
poucas coisas me abalavam
Porém...
Sou frágil como flor
Determinada?...
e até ponderada?
Sensível demais, sei sim
e chorona totalmente...
só não esperava sentir
o chão sumir sob meus pés
Costumava dizer que:
não deixaria a vida novamente bater-me
nem as feridas ficaria lambendo
mas, como controlar?
Como evitar chicotas?
Assim...
O verbo rasguei,
e meu grito engoli
Briguei com o mundo
e o mundo sumiu...
Tentei segurar-me em pé, caí
não tem jeito, só sei chorar,
o pranto tornou-se vício
Costumava dizer que:
De tempos em tempos
fazer faxina no coração
n'alma e na vida é normal...
só não sabia que faxinas
sempre lava-se os podres
e perde-se o que de bom temos
Costumava dizer que:
Amores vão, outros virão
os amigos que se afastam,
são fáceis substitui-los , mas
descobri que nada substitui nada
Costumava dizer que:
Não lamentaria perdas e danos
os que lamentam, são vítimas
de si mesmo, para sentir pena de si
e buscar a piedade alheia...
mas, que língua a minha!
Com o mesmo veneno
ferida fui e estou
Fui sacudida com um terremoto
Minha vida virou de cabeça para baixo
Costumava dizer que:
não quero a piedade de ninguém
que respeito não combina com pena...
mas, como fazer se estou morrendo de pena de mim mesma?!
Costumava dizer que:
Sonhar é o caminho mais curto
para a realidade, para as verdades
quem não sonha não vive
Eu, não mais estou sonhando!
Costumava dizer que:
Tudo é possível com boa vontade,
luta, garra, coragem e fé
Hoje, me pergunto:
- Onde está tudo que é possível?
Costumava dizer que:
Meus olhos não mais seriam
como chuva na vidraça...embaçados
e eis-me aqui, chorando
não controlo o pranto que cai,
é como a correnteza d'um rio
E minha vida s'esvai
Costumava dizer que:
Ah! Não direi mais nada...
Até que eu recolha meu corpo do chão
e a tristeza embora se for...
até então, não quero falar
de amor, de ódio, de piedade,
de solidão, de sonhos, de nada
Estarei de quarentena...
Silencio agora, até quando não sei!

Marillena Salete Ribeiro
abr/2002

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CANÇÃO DO MAR

Não posso prometer-te amor eterno
eterna é a nossa canção do mar
Não posso prometer-te nada
nem ser visível e nem invisível
estou contigo na canção do mar
Não posso prometer-te ser o anoitecer
se sou o seu alvorecer
Não posso ficar surda diante de tudo
se tudo que quero é te ouvir
Não posso ser o inverno
se sou o seu verão
muito menos o frio
se quero ser ser o seu calor
Não posso prometer-te ser luz
se agora sou a escuridão
Não posso ser lagrima
se sou a vertente da sua alegria
Não posso estar ausente
se sou a sua poesia
Não posso ser a viagem de partida
se sou eu a sua chegada
Nem posso ser seu silêncio
se sou a sua canção do mar

Marillena Salete Ribeiro

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BRIGUEI COM A VIDA

Hoje, procurei olhar nos olhos da vida
Desviou o mais que pode, insisti mais
Andei por caminhos querendo não ir
Retornei, pensado no que possa vir
Hoje, a vida desviou o olhar de mim
Como quem quer afastar amarguras
Pondo em tudo que é ruim, um fim
Afastando as sombras, meras figuras
Hoje, gritei com a vida, nem respondeu
Perderia tempo comigo, tolas indagações
Sabe que ando insegura, nem tempo perdeu
Dos erros e acertos só há lamentações
Hoje, briguei com a vida, está ausente
Perdida de mim mesma estou, distante
Dos amores vividos, apenas um, saudade
Creio andar infeliz, a vida não faz caridade

De tanto perturbar a vida, ela virou-se e disse:
- Estás infeliz? Esmague o que não serve
Saia do lamento, acorde e sonhos preserve
Reencontre o que perdeu e saia da idiotice
Marillena Salete Ribeiro

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A VIDA É O TREM QUE PASSA

A vida é o trem que passa
Os sonhos são vagões
O amor é o maquinista
Somos nós, as estações!
Adquira seu bilhete, faça sua escolha
O trem segue continuamente
Em cada vagão, o desejo da sua mente
Há também tristezas, desilusões
Com a passagem na mão, escolha!
A viagem, se longa não sabemos
A bagagem é cada dia vivenciado
Mudar o rumo podemos
Retornar não poderemos
Sem mesmo saber das paradas
Devemos ir, sem parar e seguir
A estação nunca estará vazia
Será sempre um passeio, viver
Se sentar na janela, aprecie
Tudo é passagem, algo há de reter
Cada dia que passa é contagem regressiva
Viaje como se cada instante fosse único
E cada olhar como se fosse o último
Respire fundo, o caminho é longo
Encontrará adversidades, tristezas,
saudades, abismos, retas, curvas
e inúmeras serão as vezes que
entraremos nos túneis da vida
Não veremos o que há além
Mas, no percurso seguir sonhando
Sabendo que sempre no final
de cada túnel existe luz
A vida é uma viagem
Somos mutantes, somos passageiros
Somos nuvens, somos fumaça
Por não saber decifrar o mapa da vida
Algumas vezes nos perderemos no trajeto
Mas, para quem sonha nada é impossível
Nunca se perde, sempre se encontra
Num novo sonhar, desejo, uma esperança
Escuta, ouça, é o apito de mais uma partida
Poderá estar partindo para novos lugares
Sem roteiro, sem destino
Sem poente ou nascente
A direção é para a felicidade
Conduzir e ser conduzido
O maquinista sempre atento
Na história, na vida, no destino
De tudo que se vive, uma coisa é certa
Não cansar da viagem, prosseguir
Lutar, gritar, implorar
Mas, não desistir
Se cansar, acene, sorria
O maquinista não faltará
Não deve hesitar, nem temer
Onde parar um coração
encontrará alento e paz
A viagem prossegue
Sabendo onde quer ir
Vá seguro, você consegue
Sabendo sempre que vai valente
Assim, sua viagem será eternamente...
No vagão de primeira classe

Marillena Salete Ribeiro
1985


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A MUSICA QUE CHEGA

Uma afeição sussurrada
busca-te distante
e nela estou agarrada
Em minh'alma uma canção
na forma de poesia, poema
emando uma imensa emoção
Na suavidade das notas flutuo
e neste momento que componho
o amor abriu caminho e,
viajo levitando em mim, sonho
Teu afeto, amor e carinho
no coração fez-se ninho
e na música que chega
a brisa macia de verão
A voz que canta e encanta é...
Como névoa d'uma cachoeira
tocando-me suavemente
fazendo-me feliz, faceira
Não há prazer na vida
Com tua ausência
Meus sonhos se perdem
acaricio apenas a saudade
e em desertos sem oásis
resta apenas a nossa musica
Que faz da tua voz canção
Por favor, mantenha-se falando
Preciso da canção que faz
Da tua voz, a mais linda canção!

Marillena Salete Ribeiro
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A CANÇÃO DOS ANJOS

Marillena Salete Ribeiro
2002
Escutar as canções dos Anjos
requer silêncio e meditação
são notas suaves, delicadas
vozes celestiais na pura canção
A canção dos Anjos
vem mansa e clara, ouça-a
No lamento triste d'um amigo
No pedindo de socorro, silente
Na risada inocente d'uma criança
Na voz pausada d'um ancião
No conselho que teimamos
em não acatar de imediato
Até num grito dor
Ouve-se a canção dos Anjos
no miado dos gatos
o cãozinho que late faceiro
no cântico dos pássaros
no farfalhar das secas folhas de outono
até mesmo na correnteza d'um rio
O cântico dos Anjos está
onde não se espera, pode estar
no vento em forma de furação ou
mesmo numa leve brisa
A lenha que queima
O sol que brilha
A lua que sorri
Toda a natureza interpreta
a canção dos Anjos
Mas, de tudo que possas ouvir
a canção dos Anjos
que faz o eco ensurdecedor
está dentro de nós
no coraçãon'alma
no sorrisona alegria
em uma lágrima
Se ainda assim, não conseguir
ouvir a canção dos Anjos
tome emprestado a sensibilidade
Pois, a canção dos Anjos requer
silêncio e paz dentro nós
A canção é um presente de Deus
e para ouvi-la basta apenas
encontrar a paz que habita
dentro de cada um de nós
Estás ouvindo agora,
a canção dos Anjos?

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A POESIA QUE A ALMA FAZ

Marillena Salete Ribeiro
Límpidas palavras fluem
paridas d'alma cheia de amor
e d'um coração sonhador
que nem mesmo a dor
consegue um amor esmorecer
A poesia que a alma faz
nada no mundo desfaz
No coração há canção
remexendo na emoção
De tudo que se pode ser
e o que não pode ser
o amor se torna imortal
nos versos d'um sonhador
A poesia que a alma faz
Melodia que se faz composição
É num amor assim que viverei
E por um amor assim morrerei
Tudo de nós em mim guardarei
Onde fores, contigo estarei
O amor vivido eternizarei
e teus passos seguirei
A poesia que a alma faz
não, não se desfaz
Por nada volto atrás e é
este amor que me refaz

Videira-Sc2002

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POR QUE ESCREVO?

...escrevo para manter minha sanidade! Escrevo para desaguar sentimentos. Para confidenciar o que de mais intimo está em minh'alma e coração. Escrevo para falar comigo mesma, falando dos meus sentimentos e todos os momentos vividos...
Por que escrevo? Para falar de solidão, de amor, de saudade, de dor, sofrimento, alegrias e tristezas.
Escrevo para mim e para quem quiser ler, escrevo porque preciso escrever...é tão vital quanto o ar que respiro.
Escrevo desodecendo regras, porque meus sentimentos são impulsivos, desregrados e compulsivos, portanto, escrevo porque preciso, porque faz-me bem, porque fico em paz comigo mesma depois que escrevo.